segunda-feira, dezembro 22, 2008

É Proibido

"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo das suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.

É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague pelas suas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.

É proibido não ser você mesmo diante dos outros,
Fingir que eles não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.

É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e dos seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.

É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.

É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.

É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.

É proibido não procurar a felicidade,
Não viver a sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual".

Vento... Leve O Amor Ao Meu Amigo...!!!Amo-te...!!!

*Pablo Neruda*

"Como uma Flor
Precisamos de nos regar
De nos observar
De nos contemplar
De mergulhar dentro de nós
De amar
De nos acarinhar
De nos sentir
De nos cheirar
De nos acolher
De nos abraçar
De Ser… "

Feliz Natal e Melhor Ano Novo!

*Catarina*

terça-feira, dezembro 16, 2008

"Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê,
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.

Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...Mas sê o melhor no que quer que sejas.

*Pablo Neruda*

Ser apenas ser!
*Cat*

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Victor Hugo - Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é espírito


Poeta e escritor francês (1802-1885).

EU SOU UMA ALMA

O que faz o homem livre?
A alma. Quem diz livre, diz responsável.
Responsável por tudo nesta vida?
Efectivamente, não, porquanto nada há mais demonstrado do que a prosperidade possível e frequente dos maus e o infortúnio imerecido dos bons durante a sua passagem sobre a terra.
Quantos homens justos não tiveram só angústias e misérias até o seu derradeiro dia?
Quantos homens criminosos viveram até a mais extrema velhice no gozo pacífico e sereno de todos os bens deste mundo, neles incluindo a consideração e o respeito de todos!
É o homem, então, responsável depois da vida?
Evidentemente, sim, pois que não o é só durante ela. Alguma coisa, pois, dele sobrevive para submeter-se a essa responsabilidade, a alma.
A liberdade da alma explica a sua imortalidade.
A morte não é, portanto, o fim de tudo.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Tome-se por testemunho o que considerar o rosto de um ente amado com essa ansiedade estranha, feita de esperança e de desesperança.
Digam esses que atravessam essa hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto, digam se não é verdade que bem se sente que ainda há ali alguém que tudo não acabou?
Sente-se em roda dessa cabeça como o frêmito de asas que acabaram de expandir-se, uma palpitação confusa e inaudita flutua no ar ao redor desse coração que não bate mais.
Essa boca aberta parece chamar o que acaba de partir e dir-se-ia que deixa cair palavras obscuras no Mundo Invisível.
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu Eu, o meu Ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
Terra, tu não és o meu abismo.
O homem outra coisa não é senão um cativo.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, trepa de saliência em saliência, coloca pé em todos os interstícios e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade, como pode o homem duvidar se vai encontrar a Eternidade à sua saída?
Porque não possuirá ele um corpo subtil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta terra.
Há duas leis, a lei dos globos e a lei do Espaço.
A lei dos globos é a morte.
O limite exige a destruição.
A lei do Espaço é a Eternidade.
O Infinito permite a expansão.
Entre os dois mundos, entre as duas leis, há uma ponte, a transformação.
A ambição do vivo dos globos deve ser, pois, tornar-se um vivo do Espaço.
O mundo luminoso é o Mundo Invisível.
O Mundo do Luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
Ah, do que vive com os olhos abertos sobre o mundo material e com as costas voltadas para o mundo desconhecido!
A morte é uma mudança de vestimenta.
Alma, tu estavas vestida de sombra, vais ser vestida de luz.
É no túmulo que o homem faz o último progresso.
Na morte, o homem fica sendo sideral.
A morte é a vindita da alma.
A vida, é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.
A morte é o poder que tem a alma de arrebatar o corpo fora da terra pela assimilação.
Na vida terrestre, a alma perde o que irradia na vida extraterrestre, o corpo perde o que pesa.
A morte é uma continuação.
O meu olhar penetra o mais que é possível nessa sombra, onde vejo, a uma profundidade que seria amedrontadora, se não fosse sublime, dealbar-se o imenso arrebol da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de junção é no infinito.
O que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
O vivo que morre, desperta e vê que é espírito.
*(Victor Hugo - Artigo publicado após a sua morte)*

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Mar Adentro

...Y por fin he encontrado el camino
que ha de guiar mis pasos
y esta noche me espera el amor
en tus labios

De cada mirada, por Dios,
ardía el recuerdo en mi interior
pero ya he desechado por siempre
la fruta podrida

En la prisión del deseo estoy
y aunque deba cavar en la tierra
la tumba que sé que me espera
jamás me vio nadie llorar así

Que termine un momento precioso
y le suceda la vulgaridad
y nadar mar adentro
y no poder salir

En la prisión del deseo estoy
junto a ti


*Heroes Del Silencio*